quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO « STC e CLC / DR3 » (Media e Informação)



Fica lá tão longe…





        No passado, a importância dos acontecimentos, estava quase sempre condicionada pela sua proximidade em relação a nós. Era comum, atribuir-se uma maior importância a factos mais próximos e uma importância cada vez menor, consoante se fossem distanciando, física e temporalmente. Quando éramos conhecedores de notícias que nos chegavam de muito longe, eram comuns as observações: “…onde fica isso?” ou “…fica lá tão longe!” ou ainda “…aconteceu há tanto tempo!”
A distância, não é já impeditiva para que tenhamos um acesso rápido e fácil a qualquer tipo de informação. Temos hoje à nossa disposição um variado leque de meios de comunicação, que nos facilitam o acesso à informação e à cultura de qualquer parte do planeta, quer pela televisão, rádio, jornais ou via internet. Notícias de acontecimentos em pontos longínquos do planeta, que a distância retardava em serem conhecidas, em lugares opostos aos acontecimentos, são agora ao fim de breves instantes, do nosso conhecimento e muitas vezes em directo do próprio local da ocorrência.
Quando Abraham Lincon, ex-presidente dos Estados Unidos, foi assassinado, só 13 dias depois, na Europa se teve o conhecimento do seu falecimento. Hoje uma notícia  com essas características, ou de outras, como por exemplo de catástrofes, estariam nos ecrãs dos nossos televisores, ou aparelhos de telefonia, instantes depois do acontecimento. Os meios de comunicação resultam da necessidade do homem à informação e ao conhecimento do que se passa no mundo, não só no seu espaço circundante, mas também em pontos mais longínquos do planeta, encurtando distâncias entre o local e o global. Somos hoje conhecedores da cultura e forma de vida em grandes cidades, assim como, de pequenas tribos em países, que no passado, nem sabíamos da sua existência.
            No passado, só através dos livros, da escola e dos professores, podíamos adquirir determinados conhecimentos, hoje, graças às novas tecnologias e aos media, temos facilmente ao nosso dispor todo o tipo de informação sobre acontecimentos históricos, sobre modos de vida e culturas muito diferentes, de povos muito distantes de nós. Hoje, todos nós conhecemos figuras importantes da politica nacional e mundial ou das artes e chegamos mesmo a conhecer aspectos da vida privada de muitas pessoas anónimas e que por qualquer circunstância se tornaram mediáticas.

          As informações que nos chegam podem ser autênticas, isentas de manipulação, mas podem também ser alvo dela, acrescidas de alguns comentários, para tornar o tema mais controverso e a notícia mais relevante, contribuindo assim também para a possibilidade de condicionar a nossa forma de pensar em relação a essa informação.   


        Temos na publicidade, um exemplo claro de como somos condicionados, muitas vezes através de engano, com a manipulação da informação, das reais qualidades ou desempenhos dos produtos. Somos mentalizados a acreditar que um produto é excepcional, o que consequentemente, nos impele à sua aquisição.

           Um exemplo dessa manipulação, sugestionou-me à aquisição de um produto, que na televisão, se anunciava como extraordinário, uma autêntica maravilha, contra todo o tipo de sujidade difícil. Embora deva reconhecer que essa marca, (um tal …Bang), tenha posteriormente lançado ao mercado, outra versão do produto, com resultados excelentes, numa diferente utilidade, o produto original, apresentado numa embalagem com pistola de spray, não tinha as qualidades na remoção de sujidade, com que era anunciado. Como este produto, muitos outros são lançados ao mercado, com o recurso à publicidade enganosa.
A evolução das tecnologias da informação e comunicação alterou a nossa forma de comunicação, que é agora muito mais rápida e diversificada. Outrora, todo o tipo de informação e correspondência eram escritas à mão, e as cartas, o único meio de nos comunicarmos com amigos ou familiares, que se encontravam longe. A descoberta da máquina de escrever, que era utilizada sobretudo em escritórios, veio alterar o aspecto dos textos, com uma apresentação mais cuidada.
No final do séc. XX, foi substituída pelos computadores, que com as suas funcionalidades permitem efectuar esse mesmo trabalho de escrita de forma muito mais rápida e eficiente, com os processadores de texto que permitem a correcção dos textos e a inserção de imagens, no exacto momento da redacção.


O aparecimento da internet revolucionou totalmente a forma e rapidez de comunicação, temos acesso à mais diversificada informação, permite-nos conversas e contacto visual, em tempo real, através de câmaras Web, com pessoas noutros lados do mundo, por muito distantes que se encontrem. O aparecimento da internet permitiu também  o aumento do fluxo de capitais e investimentos, pela facilidade e rapidez, com que se podem efectuar negócios entre grandes e pequenas empresas, por muito distantes que se encontrem, umas das outras. A diversidade de meios disponíveis para a divulgação ou captação de notícias ou com os quais nos podemos inter-relacionar, como por exemplo a televisão, rádio, telefones, telemóveis e internet, só se tornou possível com a evolução das tecnologias da informação e comunicação.
Os meios de comunicação são também determinantes, pela sua rapidez, na gestão do tempo, face a determinados acontecimentos. Na ocorrência de catástrofes, todos estes meios são fundamentais para que se consiga dar uma resposta mais rápida e adequada, com o objectivo de minimizar o número de vítimas mortais e de evitar outros prejuízos em consequência da catástrofe.


 A rapidez, entre o acontecimento e a notícia, é essencial para que por todo o mundo se antecipe o fornecimento de ajuda ao país necessitado. A logística, no processo de ajuda humanitária, pode assim ter início imediato após o acontecimento. O tempo de chegada das equipas médicas e de salvamento, ao local, é reduzido pela prontidão com que se toma conhecimento da tragédia. Há então, a possibilidade de um maior sucesso nas operações de resgate e salvamento de vítimas, assim como se minimizam carências, com o rápido fornecimento de bens essenciais, como alimentação, medicamentos e agasalhos.


No entanto, podemos também referir que nem tudo são vantagens no uso das tecnologias da informação e comunicação, as quais são por vezes mal utilizadas e com o único intuito de enganar e prejudicar, como o exemplo já referido da televisão, usada por exemplo para publicidade enganosa. Nos telemóveis, circulam mensagens enganosas, que nos aliciam a passá-la a um determinado número de contactos, para termos direito a um acréscimo no nosso saldo.
Pela internet, estamos constantemente sujeitos a pessoas que vendem artigos que não têm para entrega e outros, que simplesmente não funcionam. Arriscamo-nos a contactar inadvertidamente com predadores sexuais ou sermos mesmo assediados por eles, ou por pessoas vítimas de outras perturbações. Estamos sujeitos à pirataria informática, e a muitas outras situações desagradáveis ou mesmo perigosas.
            É necessário que sejam tomadas precauções, não só a nível individual, mas que se tomem providências para terminar com o uso abusivo destes meios de comunicação.
Estou de acordo que a privacidade é um direito de todos nós, mas outro dos nossos direitos, é também a salvaguarda da nossa integridade, e se para a protecção da nossa integridade e dos nossos familiares, for necessário uma total fiscalização dos conteúdos da Net, concordo que assim seja. Seria necessário criar-se também um departamento de fiscalização a conteúdos publicitários, que apenas permitisse a divulgação veraz das qualidades do produto que se deseja anunciar. Dispomos nos dias de hoje, e graças a todas estas tecnologias, da possibilidade de um conhecimento mais abrangente e rápido, mas é bom não esquecer que nem toda a informação disponível é digna de confiança. Devemos, por isso, continuar a recorrer à consulta de livros e enciclopédias, que acredito, sejam fontes mais fidedignas para a aquisição de conhecimentos e valorizar também as escolas como um meio importante de aprendizagem.

Fonte de pesquisa:
http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A1quina_de_escrever


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